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Os Xarabanda prepararam um espetáculo especial, com um reportório que falava do mar, das partidas, despedidas, chegadas, da emigração… um espetáculo designado por “Varanda do cais” a repor, em breve.

 

O desafio foi lançado pela APRAM e Rui Camacho, responsável pela Associação Xarabanda e ficou interessado: “Primeiro, pelo facto de vivermos numa ilha e não haver um género específico da tradição musical madeirense. Ao longo de mais de 20 anos de trabalho de recolha, constatamos que a temática marítima é muito reduzida, pouco frequente na tradição madeirense. Segundo, por ser um assunto que tem muito a ver com o sentimento de ser ilhéu, o mar é para o madeirense uma referência eterna.”

E por isso, os Xarabanda já tinham o projeto em mente: “Há muito que pensávamos ser interessante abordar este tema num concerto e neste sentido, pensamos realizar um concerto para o ano, em 2019, no âmbito dos 600 anos, de temática marítima, com o mesmo título "VARANDA DO CAIS."

A principal fonte de pesquisa foi o trabalho de recolha do cancioneiro popular de tradição oral (1981 a 2001), o livro intitulado "Ilha da Madeira" I Folclore Madeirense, de Eduardo Antonino Pestana, 1965 e a tese de mestrado de Duarte Barcelos, "Da Madeira a New Bedford - Emigração Portuguesa nos Estados Unidos da América", 2007.

Todas as letras das cantigas da tradição popular são descritivas e nalgumas percebe-se bem os momentos despedida como exemplo "Varanda do Cais". Segundo Rui Camacho, “a emigração não é muito comum nas cantigas tradicionais, mas sim, nos textos poéticos editados por diversos poetas populares não cantados. O livro "Da Madeira a New Bedford" é um bom exemplo de poemas dedicados à emigração.”

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